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Conjunto é um conceito primitivo desenvolvido pelo matemático George Cantor. A partir dele se desenvolveu diversos outros estudos matemáticos.

Elementos de um conjunto e suas representações
Elementos de um conjunto e suas representações
Na Matemática existem alguns conceitos que não se definem. Eles constituem a base de todas as outras definições que são estudadas em Matemática. A exemplo disso, há a reta, o ponto e o plano. Você consegue definir um ponto? Um ponto não precisa de uma definição, mas a partir dele há todo o estudo da Geometria. Semelhantemente acontece com os “Conjuntos”, um conceito matemático primitivo que não apresenta definição.
Ao questionar qualquer criança a respeito do que é um conjunto, ela pode ter dúvidas para responder a essa pergunta, mas provavelmente não terá em mente um exemplo de conjunto. Por exemplo, um pote de doces pode caracterizar um conjunto de balas ou ainda uma banda pode ser descrita como um conjunto de músicos. Da mesma maneira, pode-se dizer que os números {0, 2, 4, 6, 8, 10…} formam um conjunto de números pares.
No final do século XIX, o matemático George Cantor (1845-1918) deu início ao estudo da Teoria dos Conjuntos. Um conjunto pode ser considerado bem definido quando é possível identificar os seus componentes. No exemplo anterior, poderíamos dizer que o número 20 faz parte do conjunto? Vamos analisar esse elemento: o número 20 é par? Sim, então o número 20 faz parte do conjunto dos números pares. Podemos simplificar a linguagem chamando o conjunto dos números pares de P. Então:
P = {conjunto dos números pares} ⇒ P= {0, 2, 4, 6, 8, 10...}
Podemos ainda afirmar que o número 20 pertence a esse conjunto da seguinte forma:
20 € P
Tente agora imaginar um conjunto formado apenas pelos múltiplos de 5, vamos chamá-lo de Q. Temos, então:
Q = {0, 5, 10, 15...}
Nesse caso, o 20 pertence ao conjunto Q? Ele é múltiplo de 5? Sim, pois 4*5=20, então 20 é múltiplo de 5 e, portanto, pertence a Q. Mas existem outros números que pertencem ao conjunto dos números pares e dos múltiplos de 5 simultaneamente. Podemos melhor representá-los através do Diagrama de Venn, como na imagem abaixo:
Representação da Intersecção dos Conjuntos P e Q
Na parte roxa estão representados os números que fazem parte apenas do conjunto P; na seção verde, há os que fazem parte apenas do conjunto Q; e, na parte laranja, estão os números que fazem parte tanto do conjunto P quanto do Q. Dizemos que os números 0, 10 e 20 pertencem à intersecção dos conjuntos P e Q, isto é,{0,10,20} € P  Q. Você pode aprender mais sobre essas e outras relações nos links abaixo ou na seção de Conjuntos Numéricos.

Por Amanda Gonçalves
Graduada em Matemática


O classicismo foi um dos três estilos literários da Era Clássica. O Classicismo surgiu durante o Período do Renascimento, quando o antropocentrismo estava em evidência.

 

A chamada Era Clássica compreende os fatores socioeconômicos que marcaram os séculos XVI, XVII e XVIII. Essa fase retoma os valores da Antiguidade Clássica e, por isso, recebe a denominação citada.

O período histórico da Era Clássica envolve a queda do feudalismo, a expansão marítima e o desenvolvimento do capitalismo. Esse período perdura até que uma nova configuração política, econômica e social se estabeleça com a chegada das Revoluções Industrial e Francesa.

A Era Clássica enfatiza a poesia, a mitologia; os autores clássicos, como Homero, Virgílio e Horácio; a exaltação da vida no campo e o bucolismo.

Pode, ainda, ser dividida por três estilos literários: Classicismo, Barroco e Arcadismo.

O Classicismo surge durante o Período do Renascimento, ou seja, em meio ao movimento artístico no qual a cultura clássica ocupava o espaço da medieval, o capitalismo consolidava-se e a Idade Média tinha seu fim.

Então, a Idade Moderna precedia a nova realidade, mais liberal, mais antropocêntrica (o homem como centro). Todas as manifestações literárias que figuravam este modelo renascentista são chamadas de Classicismo. Este último passa a existir em Portugal no ano de 1527, com o retorno de Francisco Sá de Miranda da Itália, o qual divulga os novos conceitos europeus da arte e da poesia.

São características das obras do Classicismo: a presença de adjetivos, a perfeição estética, a pureza das formas, a retomada da mitologia pagã e a busca do ideal de beleza encontrado nos modelos dos autores da Antiguidade Clássica.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras



O Arcadismo, também denominado Neoclassicismo, representou um importante estilo de época, manifestado no cenário artístico mundial.

Bocage – representante árcade português
Bocage – representante árcade português
Falar sobre os movimentos artísticos é, sobretudo, enfatizar acerca de questões relacionadas ao contexto histórico-social que demarcou a história da humanidade. As manifestações artísticas, todas elas inerentes às chamadas escolas literárias, foram fruto de uma leitura de mundo, segundo a concepção dos artistas que por meio delas se fizeram percebidos. Partindo de tal princípio, enfatizaremos o movimento árcade, revelado pelo estilo de época denominadoArcadismo.
Situamo-nos, portanto, no século XVIII, época profundamente demarcada por grandes transformações sociais. Uma delas, a Revolução Industrial, trouxe consigo o êxodo rural e, consequentemente, o crescimento urbano. Emergia, assim, a mão de obra assalariada, tendo como consequência o progresso tecnológico e científico, colocado a serviço da produção de bens. A aristocracia foi perdendo seu poder de força e, consequentemente, entrava em declínio o absolutismo monárquico, passando a ceder lugar à burguesia.

Somada a tais transformações, entrava em cena uma nova corrente filosófica – o Iluminismo, calcado no pressuposto de que a razão era fator determinante para a obtenção do conhecimento. Dessa forma, originando-se na Inglaterra,no final do século XVII, obteve forte expansão na França, no século XVIII, tendo como principais precursores os filósofos René Descartes e Espinosa, figuras reveladoras de um ideário voltado única e exclusivamente à razão e à ciência (por acreditarem que todos os fatos deveriam ser isentos de toda e qualquer intervenção divina). Acreditavam também na bondade do ser humano e na igualdade entre todos, defendendo veementemente a ideia de que quem corrompe o ser humano é a própria sociedade, levando-o a conduzir atos não condizentes com a sua posição enquanto tal. Vale dizer que essa afirmação está relacionada ao pensamento de Rousseau e Voltaire – importantes filósofos que exerceram poder de influência. 
Partindo de tal premissa, cabe afirmar que o Iluminismo tinha por finalidade formar uma sociedade mais igualitária e esclarecida, razão pela qual o século XVIII ficou conhecido como o Século das Luzes. Tendo em vista essa série de influências um tanto quanto decisivas para o movimento em referência, principalmente no tocante à racionalidade, podemos dizer que o Arcadismo também é conhecido comoNeoclassicismo, concebido como uma retomada aos valores clássicos, baseados, principalmente, nas ideias aristotélicas.

Essa retomada esteve intimamente relacionada a alguns aspectos voltados para os postulados classicistas (como afirmado anteriormente), sobretudo manifestados por alguns clichês, denominados máximas latinas. Assim, destacamos:       
Inutilia truncat (cortar o inútil) – Essa tomada de posição retratava uma verdadeira repulsa aos excessos preconizados pela arte barroca. Dessa forma, os representantes árcades optavam pela simplicidade, pela ordem direta da linguagem e pela clareza. 
Carpe diem (aproveitar o dia) – Em face das instabilidades oriundas do mundo material, partindo do pressuposto relacionado à fugacidade da vida, o ideal era aproveitar os prazeres proporcionados por esta, antes que passassem.
Fugere urbem (fugir da cidade) – Tendo em vista as ideias preconizadas por Rousseau, somadas ao crescimento desordenado das cidades, desencadeou-se o bucolismo – manifestado por uma evocação nostálgica do campo e da natureza. Dessa forma, o anunciador (emissor) integra-se à vida campesina, abnegando-se dos valores citadinos.
Locus amoenus (lugar ameno) – Segundo a visão dos representantes árcades, a natureza era vista como um lugar ameno, aprazível, que lhes proporcionava equilíbrio e paz interior.
Aurea mediocritas (equilíbrio do ouro) – Partindo do pressuposto de que a simplicidade se revelava como elemento preponderante, o luxo e a ostentação eram vistos como algo inconcebível. Nesse sentido, os representantes árcades pregavam o ideal de uma vida simples, permeada pelo equilíbrio, isto é, sem miséria nem riqueza, contando apenas com o essencial, que pudesse lhe proporcionar tempo para a virtude e a arte.
Inspirados na região da Arcádia Grega – uma região mitológica habitada por deuses e pastores, onde se vivia de acordo com as regras do amor e o prazer – os representantes fundaram as chamadas academias literárias, as arcádias, cujos membros se reuniam com frequência, imbuídos no propósito de discutir assuntos relacionados às artes como um todo. Para tanto, adotavam nomes de poetas gregos ou latinos, denominados pastores.
Cabe ainda ressaltar que além dos pressupostos acima ressaltados, outras características demarcaram a arte neoclássica – notadamente expressas por:

Racionalismo – Em virtude de a arte ser concebida como a imitação do real, toda criação que dela se originasse deveria ser filtrada tão somente pela razão. Nesse sentido, o artista deveria recorrer a emoções genéricas, e não àquelas oriundas de paixões criativas – fruto da inspiração pura e simples do enunciador.
Exaltação da natureza – Mostrando-se totalmente opostos à realidade permeada nos grandes centros urbanos, os representantes árcades iam ao encontro da natureza, uma vez que essa lhes proporcionava subsídios suficientes para a purificação da alma.
Imitação dos antigos – A arte greco-romana, considerada modelo de perfeição, equilíbrio, beleza e simplicidade, exerceu forte influência aos moldes neoclassicistas no que se refere à temática, às regras de composição e ao predomínio de figuras mitológicas.
Preocupação como o homem natural – Consoante às ideias do filósofo Rousseau, o homem primitivo, uma vez mantendo estreita relação com a natureza, ainda não fora corrompido pelos padrões sociais, pressuposto esse preconizado pela teoria do “O bom Selvagem”, autoria do próprio Rousseau. 



A arte literária é concebida com a arte da palavra, materializada pela expressão do pensamento do artista seguindo as vivências relativas a cada época, a cada momento.


A arte literária se caracteriza como a arte da palavra, como forma da expressão do pensamento
A arte literária se caracteriza como a arte da palavra, como forma da expressão do pensamento
Porventura, caro(a) usuário(a), já se ateve ao verdadeiro sentido que a Literatura representa para você? E mais, se ela, uma vez considerada como umaarte, o que vem a ser esse procedimento?
Questionamentos como esses nos instigam demasiadamente e eis uma das razões que sempre nos tornaram motivados a criar um espaço como esse, especialmente dedicado a alguém que, com toda certeza, interessa-se em dar respostas a essas questões. Dessa forma, ao se interagir com todas as informações que aqui se encontram elucidadas, perceberá que essa arte caracteriza-se por intermédio da palavra. Uma palavra não concebida apenas como um mero aglomerado de letras, que talvez se prime somente por retratar uma determinada informação, que se preste apenas ao serviço de oferecer uma instrução, mas sim uma palavra modificada, “adornada” seria o vocábulo mais pertinente nesse momento, carregada de imagens simbólicas, de recursos expressivos, enfim de todos os caracteres capazes de fazer com que o ser humano, leitor acima de tudo, desperte as emoções, reative os sentimentos e, sobretudo, descubra que por trás das entrelinhas existe um universo dialógico muito significativo, capaz de transformar gerações e gerações, fazendo com que o público seja capaz de interpretar o mundo, o tempo e, acima de tudo, o contexto em que viveu cada artista que fez do cenário, tanto nacional quanto universal, seu palco maior, no qual nele foram encenadas todas as histórias e todas as formas de expressão, que fizeram e fazem parte de todos os tempos.
Razões como essas são suficientemente plausíveis para você aproveitar, ampliar todo o conhecimento acerca dessa verdadeira e única arte: a arte literária, por isso, inebrie-se, deleite-se e aproveite tudo o que aqui se encontra preparado para você, nosso maior e principal intento!

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras



 

O movimento brasileiro, influenciado pelo barroco português, apresentou suas próprias características, pois diferente da realidade portuguesa de luxo e pompa da aristocracia, o Brasil vivia uma realidade de violência, em que se perseguiam os índios e escravizavam os negros. No Brasil, o barroco ganhou impulso entre 1720 e 1750, momento em que várias academias literárias foram fundadas por todo o país.
A obra Prosopopeia, de Bento Teixeira, marca o início do barroco no Brasil.

O centro de riqueza da época era Minas Gerais, e foi lá que a produção artística, ligada à igreja, concentrou-se. O arquiteto, entalhador e escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, foi o grande representante dessa tendência nas artes plásticas, o estilo rococó predominava em suas esculturas de materiais típicos nacionais, como a madeira e pedra-sabão.

Os escritores que mais se destacaram foram:

Na poesia:

- Gregório de Matos
- Bento Teixeira
- Botelho de Oliveira
- Frei Itaparica

Na prosa:

- Pe. Antônio Vieira
- Sebastião da Rocha Pita
- Nuno Marques Pereira.
Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura



Apesar de não possuir características unânimes, o Barroco caracterizou os artistas e escritores do ano de 1600 a 1700.

Arquitetura – obra da época barroca
Arquitetura – obra da época barroca
O Barroco começa a partir do ano de 1600 e todas as manifestações entre essa data e 1700 estão inseridas em um contexto assimétrico e rebuscado das obras barrocas. Segundo alguns autores, a palavra “barroco” deriva da palavra “verruca” do latim, que significa elevação de terreno em superfície lisa. Toda pedra preciosa que não tinha forma arredondada era chamada de barrueca. Logo após, toda e qualquer coisa que possuía forma bizarra, que fugia do normal, era chamada de baroque. O poeta italiano Giosuè Carducci foi quem, em 1860, adjetivou o estilo da época dos Seiscentos, referindo-se às manifestações artísticas ocorridas a partir do ano de 1600, como sendo barroco. Então, apesar de não possuir características unânimes em todas as obras, o barroco passou a ser a denominação dos artistas e escritores da referida época.
O Barroco ou Seiscentismo teve início em Portugal com a unificação da Península Ibérica, fato que acarreta ao período intensa influência espanhola, e também faz surgir outra denominação para o período, Escola Espanhola. No Brasil, o Barroco teve início em 1601, com a publicação do poema épico Prosopopeia, de Bento Teixeira, o qual introduz em definitivo o modelo da poesia camoniana na literatura brasileira.

Portugal estava em decadência nos últimos vinte e cinco anos do século XVI, o comércio tornava Lisboa a capital da pimenta, no entanto, a agricultura estava abandonada e as colônias portuguesas, inclusive o Brasil, não deram riquezas imediatas. Pouco tempo depois, com o desaparecimento de D. Sebastião, Filipe II da Espanha consolidou a unificação da Península Ibérica, o que possibilitou e favoreceu o avanço da Companhia de Jesus em nome da Contrarreforma, o que ocasionou a permanência de uma cultura praticamente medieval na península, enquanto o restante da Europa vivia as descobertas científicas de Galileu, Kepler e Newton, por exemplo.

É durante este quadro cultural europeu que o estilo Barroco surgiu, em meio à crise dos valores renascentistas, ocasionada pelas lutas religiosas e dificuldades econômicas. O contexto assimétrico e rebuscado do barroco, citado anteriormente, é reflexo do conflito do homem entre as coisas terrenas e as coisas celestiais, o homem e Deus, antropocentrismo (homem no centro) e o teocentrismo (Deus no centro), pecado e o perdão, enfim, constantes dicotomias.

No Barroco podemos classificar dois estilos literários: O Cultismo e o Conceptismo.

 • Cultismo – caracterizado pela linguagem culta, rebuscada, ligado à forma, jogo de palavras, com influência do poeta espanhol Luís de Gôngora, e por isso, chamado também de Gongorismo.

 • Conceptismo – caracterizado pelo jogo de ideias, ligado ao conteúdo, raciocínio lógico, com influência do espanhol Quevedo, e por isso, chamado também de Quevedismo.

No Barroco brasileiro destacam-se os autores: Padre Antônio Vieira com suas obras de profecias, cartas e sermões e Gregório de Matos Guerra, essencialmente poético.


Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras



As paisagens naturais e o clima quente e chuvoso são fatores característicos do Complexo regional Amazônico.

 
Complexo regional amazônico em destaque no mapa
Complexo regional amazônico em destaque no mapa
O Brasil é regionalizado de duas formas: em cinco regiões (Norte, Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste) e em complexos regionais (Centro-Sul, Nordeste e Amazônia). Os grandes complexos regionais foram formados a partir de critérios socioeconômicos.
complexo regional amazônico corresponde a cerca de 60% do território do país, onde vivem apenas 7% de toda população nacional, figurando como o menos povoado. Em razão de o número de população absoluta e relativa ser modesto, ocorreu um grande vazio demográfico, o que promoveu um isolamento da região em relação aos outros pontos do país, além de ter impedido maior desenvolvimento econômico. As paisagens naturais (floresta equatorial) e o clima (quente e chuvoso) são os fatores mais característicos desse complexo regional.
As atividades econômicas desenvolvidas no complexo regional amazônico durante muito tempo estiveram ligadas basicamente ao extrativismo vegetal e mineral (atividade primária), enquanto a produção industrial manteve-se estável durante muito tempo, ou seja, sem apresentação de crescimento significativo; o que prova a pouca participação dessa parte do país na produção industrial.
A partir dos anos 80, a porção leste desse complexo regional conseguiu alcançar uma elevação nos índices de desenvolvimento e também de povoamento, proveniente da ocupação agropecuária e da intensificação de extração mineral. Porém, a maneira como esse processo está ocorrendo tem deixado um saldo negativo na região, especialmente no âmbito ambiental, pois a Floresta Amazônica tem sido destruída com o objetivo de servir uma minoria de pessoas.
A mineração tem ocupado um lugar de destaque, uma vez que existem importantes jazidas de minérios, como a Serra dos Carajás e Oriximiná. A produção agropecuária tem sido difundida na região, com a criação de gado e o cultivo de monoculturas, como a soja.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia



A cana de açúcar é um cultivo muito presente nos campos brasileiros.
A cana de açúcar é um cultivo muito presente nos campos brasileiros.
Existe a ação das cooperativas agrícolas e das empresas industriais, que, ao assegurarem a aquisição da safra (seja elas em moldes capitalistas ou de base familiar camponesa), estimulam o cultivo e a especialização agrícola em determinadas áreas do país. Frutas tropicais e soja são os principais produtos, cujos espaços de produção mais marcantes são, respectivamente, os vales irrigados do Sertão Nordestino (rios São Francisco e Açu) e o oeste baiano.
Merecem ser mencionados os seguintes produtos da agricultura comercial brasileira:

- café: durante muito tempo, manteve-se circunscrito ao Paraná e a São Paulo, produzindo pelo regime de parceria. Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo conservam a dianteira da produção. Bahia e Rondônia surgiram como novas áreas produtoras, com uma particularidade: são cultivadas, principalmente, por paranaenses, antigos produtores do norte do Paraná. O Paraná tem aumentado em grande quantidade sua produção de café nos últimos anos, pela introdução de espécies novas (café adensado), desenvolvidas pelo IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná);
- soja: expandiu-se com maior vigor no país, durante os anos 70, notadamente nos estados do Paraná e do Rio Grande do Sul. Cultura típica de exportação, está cada vez mais voltada para o mercado interno em razão do crescente consumo de margarinas e óleos na alimentação do brasileiro. Atualmente, verifica-se sua expansão nas áreas do cerrado, sobretudo nos estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Bahia;
- cana-de-açúcar: apesar de ser cultivada no Brasil desde o século XVI, sua produção foi estimulada, a partir de 1975, com a criação do Proálcool. O Estado de São Paulo detém mais da metada da produção nacional, mas também é encontrada em Goiás, Paraná, Rio de Janeiro, além de estados nordestinos (Zona da Mata);
- laranja: produto largamente cultivado para atender à demanda da indústria de sucos, tem no estado de São Paulo seu principal produtor. Paraná e Minas Gerais estão se convertendo em novas e importantes áreas de produção. O Brasil é um grande exportador de suco concentrado, principalmente para os EUA;
- arroz: o Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de arroz irrigado. Outros estados se destacam na produção dessa cultura alimentar básica: Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Maranhão, Goiás e São Paulo.

Outros produtos de destaque são: o trigo, apesar de ser insuficiente para abastecer o mercado interno; o algodão, fortemente controlado pela indústria têxtil e de alimentos (óleo). O cacau, cultura ecológica, encontra-se em crise, notadamente na Bahia, seu maior produtor.

Vale lembrar que muitos produtores do Sul, principalmente do Paraná e do Rio Grande do Sul, trocaram de território. Entre as principais causas, está o preço da terra. Com isso, muitos migraram para outros estados do país, tornando-se produtores de soja e café, principalmente. Outros transferiram-se para países vizinhos, como a Bolívia e o Paraguai. Como já foi dito, a questão da terra não é apenas nacional, ela já se transforma em uma questão transnacional.



Desde o início de sua história, após a colonização europeia, o Brasil é marcado pela extensa diversidade cultural.

 
O Brasil é um país que possui uma rica diversidade cultural entre seus habitantes.
O Brasil é um país que possui uma rica diversidade cultural entre seus habitantes.
Apesar do processo de globalização, que busca a mundialização do espaço geográfico – tentando, através dos meios de comunicação, criar uma sociedade homogênea – aspectos locais continuam fortemente presentes. A cultura é um desses aspectos: várias comunidades continuam mantendo seus costumes e tradições.
O Brasil, por apresentar uma grande dimensão territorial, possui uma vasta diversidade cultural. Os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos foram os primeiros responsáveis pela disseminação cultural no Brasil. Em seguida, os imigrantes italianos, japoneses, alemães, árabes, entre outros, contribuíram para a diversidade cultural do Brasil. Aspectos como a culinária, danças, religião são elementos que integram a cultura de um povo.
As regiões brasileiras apresentam diferentes peculiaridades culturais.
No Nordeste, a cultura é representada através de danças e festas como o bumba meu boi, maracatu, caboclinhos, carnaval, ciranda, coco, reisado, frevo, cavalhada e capoeira. A culinária típica é representada pelo sarapatel, buchada de bode, peixes e frutos do mar, arroz doce, bolo de fubá cozido, bolo de massa de mandioca, broa de milho verde, pamonha, cocada, tapioca, pé de moleque, entre tantos outros. A cultura nordestina também está presente no artesanato de rendas.

Capoeira
O Centro-Oeste brasileiro tem sua cultura representada pelas cavalhadas e procissão do fogaréu, no estado de Goiás; e o cururu em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A culinária é de origem indígena e recebe forte influência da culinária mineira e paulista. Os pratos principais são: galinhada com pequi e guariroba, empadão goiano, pamonha, angu, cural, os peixes do Pantanal – como o pintado, pacu e dourado.

Cavalhadas em Pirenópolis (GO)
As representações culturais no Norte do Brasil estão nas festas populares como o círio de Nazaré e festival de Parintins, a maior festa do boi-bumbá do país. A culinária apresenta uma grande herança indígena, baseada na mandioca e em peixes. Pratos como otacacá, pirarucu de casaca, pato no tucupi, picadinho de jacaré e mussarela de búfala são muito populares. As frutas típicas são: cupuaçu, bacuri, açaí, taperebá, graviola, buriti.

Festival de Parintins (AM)*
No Sudeste, várias festas populares de cunho religioso são celebradas no interior da região. Festa do divino, festejos da páscoa e dos santos padroeiros, com destaque para a peregrinação a Aparecida (SP), congada, cavalhadas em Minas Gerais, bumba meu boi, carnaval e peão de boiadeiro. A culinária é muito diversificada, os principais pratos são: queijo minas, pão de queijo, feijão tropeiro, tutu de feijão, moqueca capixaba, feijoada, farofa, pirão, etc.

Feijoada
O Sul apresenta aspectos culturais dos imigrantes portugueses, espanhóis e, principalmente, alemães e italianos. Algumas cidades ainda celebram as tradições dos antepassados em festas típicas, como a festa da uva (cultura italiana) e a oktoberfest (cultura alemã), o fandango de influência portuguesa e espanhola, pau de fita e congada. Na culinária estão presentes: churrasco, chimarrão, camarão, pirão de peixe, marreco assado, barreado (cozido de carne em uma panela de barro) e vinho.



Sociologia - tem como objetos de estudo a sociedade, a sua organização social e os processos que interligam os indivíduos em grupo
Sociologia - tem como objetos de estudo a sociedade, a sua organização social e os processos que interligam os indivíduos em grupo

A Sociologia é uma das Ciências Humanas que tem como objetos de estudo a sociedade, a sua organização social e os processos que interligam os indivíduos em grupos, instituições e associações. Enquanto a Psicologia estuda o indivíduo na sua singularidade, a Sociologia estuda os fenômenos sociais, compreendendo as diferentes formas de constituição das sociedades e suas culturas.
O termo Sociologia foi criado em 1838 (séc. XIX) por Auguste Comte, que pretendia unificar todos os estudos relativos ao homem — como a História, a Psicologia e a Economia. Mas foi com Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber que a Sociologia tomou corpo e seus fundamentos como ciência foram institucionalizados.

Augusto Comte
 A Sociologia surgiu como disciplina no século XVIII, como resposta acadêmica para um desafio que estava surgindo: o início da sociedade moderna. Com a Revolução Industrial e posteriormente com a Revolução Francesa (1789), iniciou-se uma nova era no mundo, com as quedas das monarquias e a constituição dos Estados nacionais no Ocidente. A Sociologia surge então para compreender as novas formas das sociedades, suas estruturas e organizações.
A Sociologia tem a função de, ao mesmo tempo, observar os fenômenos que se repetem nas relações sociais – e assim formular explicações gerais ou teóricas sobre o fato social –, como também se preocupa com aqueles eventos únicos, como por exemplo, o surgimento do capitalismo ou do Estado Moderno, explicando seus significados e importância que esses eventos têm na vida dos cidadãos.
Como toda forma de conhecimento intitulada ciência, a Sociologia pretende explicar a totalidade do seu universo de pesquisa. O conhecimento sociológico, por meio dos seus conceitos, teorias e métodos, constituem um instrumento de compreensão da realidade social e de suas múltiplas redes ou relações sociais.
Os sociólogos estudam e pesquisam as estruturas da sociedade, como grupos étnicos (indígenas, aborígenes, ribeirinhos etc.), classes sociais (de trabalhadores, esportistas, empresários, políticos etc.), gênero (homem, mulher, criança), violência (crimes violentos ou não, trânsito, corrupção etc.), além de instituições como família, Estado, escola, religião etc.
Além de suas aplicações no planejamento social, na condução de programas de intervenção social e no planejamento de programas sociais e governamentais, o conhecimento sociológico é também um meio possível de aperfeiçoamento do conhecimento social, na medida em que auxilia os interessados a compreender mais claramente o comportamento dos grupos sociais, assim como a sociedade com um todo. Sendo uma disciplina humanística, a Sociologia é uma forma significativa de consciência social e de formação de espírito crítico.
A Sociologia nasce da própria sociedade, e por isso mesmo essa disciplina pode refletir interesses de alguma categoria social ou ser usado como função ideológica, contrariando o ideal de objetividade e neutralidade da ciência. Nesse sentido, se expõe o paradoxo das Ciências Sociais, que ao contrário das ciências da natureza (como a biologia, física, química etc.), as ciências da sociedade estão dentro do seu próprio objeto de estudo, pois todo conhecimento é um produto social. Se isso a priori é uma desvantagem para a Sociologia, num segundo momento percebemos que a Sociologia é a única ciência que pode ter a si mesma como objeto de indagação crítica.
Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP



A sociedade estamental era o tipo de estrutura social existente antes da Sociedade Industrial; era dividida em estamentos (grupos sociais) e não permitia a ascensão social.

A sociedade estamental era o tipo de estrutura social que se dividia em estamentos e não permitia a ascensão social
A sociedade estamental era o tipo de estrutura social que se dividia em estamentos e não permitia a ascensão social
Antes do nascimento da Sociedade Industrial, a qual como se sabe foi consequência direta das Revoluções Industrial e Francesa, o tipo de estrutura social vigente era a que caracterizava uma sociedade estamental. Nessa sociedade, aqueles que nascessem nos estamentos mais baixos estariam condenados à neles permanecerem, uma vez que não havia a possibilidade de ascensão social.
Para compreender a sociedade estamental, a qual marcaria boa parte da história ocidental principalmente quando olhamos para Europa na Idade Média, podemos imaginar a figura de um triângulo no qual os estamentos (grupos sociais) estariam dispostos da seguinte maneira: rei, clero, senhores nobres e, finalmente, plebeus. Como aponta Hélio Jaguaribe (2001), havia “os que oravam (oratores), os que lutavam (bellatores) e os que trabalhavam (laboratores). Ainda, segundo ele, registra-se que o “bispo Adelberonte de Leon constatava que a sociedade cristã estava dividida e, três ordens, que ele considerava necessárias e complementares, cada uma delas prestando serviços indispensáveis às outras duas”. (JAGUARIBE, 2001, p. 408).
Na parte superior deste triângulo estava o clero, composto pelos homens da igreja, grupo fundamental não apenas para a manutenção do poder ideológico do ponto de vista religioso, mas porque desempenhavam um papel estratégico e fundamental para o apoio e manutenção do status quo do poder real. A função deste estamento era a de rezar, ou seja, zelar pela vida espiritual das pessoas. Na sequência, em um estamento inferior, estavam os chamados senhores nobres, que tinham por função o combate, a defesa do reino em batalhas.
Os nobres, enquanto grupo, procuravam casar entre si, tinham propriedades e riqueza, além de um reconhecimento geral de que eram superiores aos plebeus, último estamento. Mas os títulos de nobreza e o reconhecimento também dependiam da anuência do rei, o qual condecorava os indivíduos que considerava merecedores de algum mérito. Logo, pode-se imaginar como seria impossível para um plebeu, localizado na base desta pirâmide que formava a sociedade estamental, angariar outra condição de vida diferente daquela em que se via preso ao trabalho, à subordinação, ao pagamento de impostos, a uma vida de restrições, limitações e pobreza. Logo, ao se nascer pobre, carregava-se um estigma ou uma espécie de rótulo ao longo da vida, o que contribuía para demarcar, definitivamente, a posição do indivíduo entre os estamentos.
Assim, apenas após as transformações sociais, políticas e econômicas (dentre elas o questionamento do poder absolutista dos reis, a defesa da liberdade de expressão e religiosa, e o desenvolvimento do capitalismo, para citar apenas alguns) que desmontaram as bases desta sociedade estamental é que a ascensão ou mobilidade social parecia algo menos utópico, mais próximo da realidade. O fim da sociedade estamental foi marcado pelo nascimento de uma sociedade de classes, a qual graças a uma maior divisão do trabalho social permitiria um trânsito das pessoas pelas diferentes classes sociais.


FONTE: http://www.brasilescola.com/sociologia/a-sociedade-estamental-as-funcoes-cada-estamento.htm


Alho é muito bom!

Tempero na prevenção do câncer
Tempero na prevenção do câncer
Alho é muito bom! Na verdade esta afirmação é de todos aqueles que sabem dos benefícios deste tempero caseiro. Mas não se preocupe, a partir deste momento você também vai achar o alho incrivelmente apetitoso.

O dissulfeto de dipropenila é um composto capaz de prevenir doenças cardíacas, radicais livres e atenção mulheres: ele previne o câncer de colo de útero. E adivinhe qual é a maior fonte deste composto? Isto mesmo, o alho nosso de cada dia!

Mas infelizmente o alho não possui um sabor muito agradável, principalmente na sua forma mais saudável: cru, se fosse assim seria fácil manter altos níveis de dissulfeto de dipropenila em nosso organismo. E o pior é que este tempero deixa um cheiro nada agradável na boca, você sabe por quê? O alho é composto por dois átomos de enxofre, e são justamente estes átomos que dão um “hálito pesado” a quem o ingere.

A boa notícia é que quando cozinhamos o alho ele perde um pouco de cheiro característico, isto por que no processo o dissulfeto - responsável pelo odor de alho - é volatilizado. Desta forma fica bem mais fácil degustar o tempero e dar um “empurrãozinho” a saúde. Mas se realmente você não gosta de alho, nem cozido e muito menos cru, temos uma opção: cápsulas que contém óleo de alho. Esta alternativa surgiu para ninguém ter as desculpas mencionadas, são cápsulas naturais que podem ser facilmente ingeridas.

E os benefícios do alho não param por aí, ele é considerado benéfico para cardíacos porque ajuda a diminuir os níveis de colesterol, e previne também o câncer gástrico, e ATENÇÃO! A dose ideal recomendada é um dente de alho ao dia. Bom apetite!
Por Líria Alves
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola




Física no ENEM
Como sabemos, o ENEM mudou, deixando para trás a concepção de que alunos têm que decorar várias fórmulas, principalmente as de física, que para muitos estudantes são o terror dos vestibulares.
Em seu novo modelo, a prova procura abordar situações vivenciadas diariamente pelos estudantes e visa também a interdisciplinaridade. Tais mudanças fizeram com que o ENEM ganhasse peso nos processos seletivos das principais universidades do país. Em muitas delas, o ENEM serviu como fase única no vestibular.
As disciplinas não estão mais separadas por blocos, mas sim agrupadas em quatro grandes áreas de conhecimento. A física está incluída na área de “Ciências da Natureza e suas Tecnologias”.
Em relação às questões de física cobradas nas provas, o MEC (Ministério da Educação) tem por objetivo identificar algumas competências básicas dos alunos. São elas:
– Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
– Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
– Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicas.
– Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
– Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
– Apropriar-se de conhecimentos da física, da química e da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
De acordo com as competências abordadas acima vemos que a física não mais é cobrada somente através de cálculos e decorebas de fórmulas. As questões são interativas e interdisciplinares.
Assim, a prova exige diferentes habilidades, como: capacidade de interpretação, domínio de linguagens (matemática, científica, etc.), enfrentar situações-problema, além de ter a visível compreensão das ciências naturais e as tecnologias que a elas se associam na construção do conhecimento humano.

Fonte: http://vestibular.brasilescola.com/enem/a-fisica-no-enem.htm




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COM MUITO MAIS CONTEÚDOS.


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